O Mundo é pequeno, para além do sueco entusiasta de cavalos lusitanos, o dono do parque é um holandês também amigo de Portugal onde viveu no Porto e em Viana do Castelo!!! Um dos seus cães agora a viver na Noruega é um arraçado de Serra da Estrela! Casado com uma mexicana que se perdeu a falar espanhol e nós a respondermos em "portinhol" Pequeno almoço tomado, lá nos metemos a caminho de Lysebotn (cerca de 290 km) bem no fundo do Lysefjord onde nos esperava um ferrie ás três da tarde. Este, iria levarnos ao longo do fiorde de Lyse até Lauvik, de onde ainda teríamos de fazer uns 40 km até Stavanger.
285 km não são muitos km, mas, os limites apertadíssimos de velocidade bem como estradas de montanha estreitas e empinadas (ora a subir, ora a descer) fizeram com que chegássemos ao ferrie dez minutos antes da partida! Uf... se o tivessemos perdido ficaríamos ali presos por 24 horas! O meu amigo Fernando, seria o culpado! Começo a perceber a sua habitual falta de pontualidade!!!
A descida ao longo do Lysefjord é um programa a não perder por quem o poder fazer. Tem encostas abruptas sendo que a mais alta tem 1000 metros a pique (de onde se salta em para-pente) e o famoso "Preiskelton" ou Rocha do Púlpito que íriamos visitar no dia seguinte.
Quase no fim da viagem, resolvemos tentar comprar o suplemento da viagem até Bergen para fugirmos aos 40 km de Lauvik até lá.
Perguntei a um sugeito com um fato macaco vermelho se o poderíamos fazer; conversa vai, conversa vem, ao saber que éramos portugueses, logo nos disse que viajariamos de graça (palavra de Eirik Bru) grande amigo de Portugal, onde vivera por temporadas diversas como inspector de pinturas (função que também desempenhei ao serviço quando a empresa onde trabalhei toda a vida era fornecedora de tintas marítimas para a pintura de navios petroleiros que reparavam na Lisnave!) da Statoil, empresa estatal norueguesa de petróleos.
O nosso amigo Eirik Bru, logo nos convidou a aparecermos no porto de Stavanger na manhã seguinte porque haveria animação com a presença de dois super barcos de cruzeiro, o Queen Mary II e o Costa Atlântica bem como o mais importante, o baptismo de uma réplica dum barco chamado "Restauration" que em "1800 e pouco" levou da Noruga até aos Estados Unidos, um grupo de 52 pessoas, tendo passado por Lisboa nesses não muito longínquos anos!
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